Você conhece a hierarquia de controle de riscos ocupacionais?

A Hierarquia do Controle de Riscos na Segurança do Trabalho

Sabemos que o fornecimento de EPI aos colaboradores é o básico de tudo, praticamente o primeiro passo quando falamos de segurança no trabalho. É o mínimo que uma empresa pode oferecer para proteger seus colaboradores.

Porém, é importante deixar claro que o EPI não pode ser visto como a única solução. Nossa legislação, mais especificamente o item 9.5.2 da NR-9, prevê a adoção de necessárias para a eliminação ou o controle dos riscos ambientais, e isso não pode ser feito de qualquer jeito. Existe uma ordem de prioridades que precisa ser seguida, com critérios bem definidos. Segurança vai além do básico e exige planejamento.

A hierarquia do controle de riscos é uma metodologia amplamente utilizada na área de segurança do trabalho para gerenciar e mitigar riscos no ambiente laboral. Ela organiza as medidas de controle em uma ordem de prioridade, com base na sua eficácia na eliminação ou redução de perigos. Essa abordagem é essencial para proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores, minimizar acidentes e promover um ambiente de trabalho mais seguro.

Os Níveis da Hierarquia do Controle de Riscos

A hierarquia é composta por cinco níveis, organizados do mais eficaz ao menos eficaz:

1. Eliminação: A eliminação do risco é a forma mais eficaz de controle. Consiste em remover completamente o perigo do ambiente de trabalho.

   • Exemplo: Substituir um processo perigoso por outro mais seguro ou eliminar a necessidade de trabalho em altura ao modificar o design do equipamento.

2. Substituição: Quando a eliminação não é viável, o próximo passo é substituir o perigo por algo menos nocivo.

   • Exemplo: Trocar um produto químico tóxico por outro menos prejudicial.

3. Controles de Engenharia: Controles de engenharia visam projetar soluções físicas que isolem os trabalhadores do perigo.

   • Exemplo: Instalar barreiras de proteção, sistemas de ventilação ou enclausuramento de máquinas.

4. Controles Administrativos: Envolvem mudanças nos procedimentos de trabalho para reduzir a exposição ao risco.

   • Exemplo: Treinamentos, rodízio de funcionários, criação de políticas de segurança e sinalizações.

5. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Os EPIs são considerados a última linha de defesa e devem ser utilizados apenas quando os controles anteriores não forem suficientes.

   • Exemplo: Capacetes, luvas, óculos de proteção e máscaras.

Como Aplicar a Hierarquia na Sua Empresa

1. Identificação dos Riscos: Realize um levantamento detalhado dos perigos no ambiente de trabalho. Utilize ferramentas como Análise Preliminar de Riscos (APR) ou Mapa de Riscos.

2. Análise e Classificação: Avalie os riscos identificados e classifique-os com base na gravidade e na probabilidade de ocorrência.

3. Implementação de Controles: Siga a hierarquia de controle de riscos, priorizando a eliminação e substituição. Adote controles de engenharia sempre que possível, complementando com controles administrativos e EPIs.

4. Treinamento e Capacitação: Capacite os funcionários para reconhecer e lidar com os riscos no ambiente de trabalho. Ensine o uso correto de EPIs e promova uma cultura de segurança.

5. Monitoramento e Melhoria Contínua: Revise regularmente as medidas de controle para garantir sua eficácia. Realize auditorias e atualize os controles com base em novas tecnologias ou mudanças nos processos.

Benefícios da Aplicação da Hierarquia de Controle de Riscos

• Redução de acidentes e doenças ocupacionais.

• Conformidade com normas regulamentadoras.

• Aumento da produtividade e moral dos trabalhadores.

• Redução de custos com afastamentos e indenizações.

Ao aplicar a hierarquia do controle de riscos, sua empresa estará não apenas protegendo a saúde e a segurança dos trabalhadores, mas também promovendo um ambiente de trabalho mais eficiente e alinhado com boas práticas globais.

EPI é bom mas não é tudo! Como dissemos no começo do nosso artigo o EPI é o básico quando falamos em Segurança do Trabalho e que existe uma hierarquia a ser seguida para controle dos riscos ocupacionais, porém, percebemos que a primeira alternativa que vem à cabeça, na verdade é a última medida que devemos tomar?

Fornecer o EPI é assumir que o risco existe e que o mesmo não está sob controle.

Então, pelo menos forneça aquele que é adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento.

NOTA: Sempre fornecer os equipamentos que possuem C.A (Certificado de Aprovação), ele garante a qualidade e funcionalidade dos equipamentos de proteção individual.